segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O Rumo “Certo” VS O “Meu” Rumo (1)

Desde que me lembro de ser, e de sentir, e mais propriamente desde que tomei a real consciência para olhar a vida e tentar percebe-la, da perspectiva mais realista e correcta possível, seja ela qual for, há já muitos anos que me deparo ininterruptamente com a mesma pergunta, a mesma questão, vezes e vezes sem conta, sem nunca ter estado perto sequer, de lhe encontrar uma hipótese remota de resposta, mesmo que utópica ou completamente errada. Aliás, quanto mais me perguntava, mais sem resposta ficava, e mais dúvidas e incertezas iam surgindo vindas do nada. Nada, que foi sempre o máximo que consegui obter, no máximo, do tudo, que o tudo o universo representa(va).

Algo me dizia que algo não batia certo, porque, por mais que estivesse perto da resposta, sempre algo nunca bateu certo.

Não é uma coisa que eu possa explicar, porque muito simplesmente essa coisa, não é mais que uma espécie de sentimento, um instinto, que mesmo que eu o ignore, e por mais que até o faça, no momento em que se manifesta, não há nada que eu possa fazer ou que esteja ao meu alcance para o evitar, porque por mais que conscientemente eu me esforce e concentre todas as minhas forças para o contornar, ou até mesmo anular, basta um simples desvio de nada nessa mesma concentração, para inconscientemente, e instintivamente, ele se manifestar, sem que eu o possa impedir.

Muitos poderão chama-lo de, e/ou descreve-lo como O Destino, mas muito sinceramente, e na minha humilde opinião, não penso que o seja, porque nesse caso, e a sê-lo de facto, eu teria o “superpoder” de mudar e remudar e voltar a mudar O Destino, coisa que eu acho de todo impossível!

Há quem diga quem existe Um Rumo, e consequentemente O Rumo Certo. Se existe, só sei que há algo em mim, que embora não me indique qual o rumo a seguir, ou qual O Rumo Certo, me indica inquestionavelmente qual O Rumo A Não Seguir, ou como eu aprendi a chamar-lhe, Perda de Tempo.

Só assim, é possível as tais dúvidas fazerem ao menos algum tipo de sentido, seja ele qual for, porque assim não sendo, só posso depreender que sou eu próprio, uma Gigantesca e Irremediável Perda de tempo!

Início da Viagem

Começo este espaço, que não pretende de maneira alguma vir a ser um blog propriamente dito, mas sim, não mais do que uma simples reunião de textos, fruto dos mais variados pensamentos. Não é algo que eu escreva, com um propósito. Simplesmente algo que eu penso, e decido converter em texto.

Não é meu objectivo ser lido, não tendo qualquer tipo de problema se o for. Quero com isto apenas dizer, que antes de mais e acima de tudo, escrevo para mim, de mim mesmo. Se alguém tiver curiosidade em ler, esteja à vontade, e se por algum acaso alguém até se identificar com algo que escreva, ou que eventualmente até venha a gostar, sinceramente, e apesar da minha gratidão, não posso desde já deixar de dizer, que mesmo que ninguém leia o que escrevo, para mim será exactamente igual.

Como alguém um dia disse: “Prefiro escrever para mim mesmo e não ter público, do que escrever para o público e não ter identidade.”

Sejam bem-vindos os que vêm em paz!

;)