terça-feira, 13 de dezembro de 2011

É nestes momentos, em que se não disser alguma coisa, mesmo que de importante não tenha nada, expludo!
Quando alguém, simplesmente e apenas e só por não ter capacidade de encaixe, pelas mais diversas e variadas razões, em vez de ter capacidade de racionalização e de argumentação, passa automaticamente para a via da agressão, seja ela verbal ou física, mesmo que moral e racionalmente esteja a fazer algo de mau, na realidade do ser, não está mais do que se não a mostrar o seu lado animal. Porque é isso que somos, animais Racionais, sim, e é isso que nos distingue e diferencia dos outros, o problema é que essa mesma racionalidade nem sempre se consegue impor à nossa essência, à nossa matriz, e mesmo que por breves momentos, o animal que à dentro de nós liberta-se, e por um instante, deixa a nu aquilo que, verdadeiramente somos.

Durante toda a nossa vida, e desde que nascemos, que somos ensinados a viver e como viver, e desde cedo que somos programados e até mesmo formatados, para ser, de uma maneira que muitas das vezes não somos completamente, pelo menos até, aprendermos e conseguirmos realmente sê-lo

Se eu estou a dizer algo a alguém, e por isso levo um murro na boca, por esse alguém não ter capacidade racional para interpretar e encaixar aquilo que eu lhe estou a dizer, embora eu próprio também tenha que fazer uma força imensa para conter a resposta animal, e sobrepor a racionalidade ao instinto, não é por ter levado esse murro na boca, que me vou calar e vou deixar de dizer o que estava a ser dito. Pelo contrário, em vez de devolver a violência (o que nem sempre é possível, porque por mais que consigamos conter os nossos instintos e sobrepor-lhes a razão, há sempre momentos, nem que seja em forma de defesa [nunca de ataque], em que ela de facto existe, por mais que seja mínima), vou responder pela via da argumentação, usando a razão e pondo em prática a tal racionalidade, que faz de mim um animal racional, no entanto, e apesar de racional, continuo e hei-de sempre continuar a ser um animal. Encarem isto como quiserem, arranjem as desculpas e os argumentos que quiserem, mas esta é a mais pura das verdades. Se não gostam, não deixa de ser verdade por isso.

O nosso subconsciente é uma arma poderosíssima, que a grande maioria de nós desconhece, no entanto, ele nunca nos abandona. Mesmo naqueles momentos em que alguém está de “cabeça quente”, em que se exalta e diz coisas que “não quer” dizer, apesar de conveniente, na verdade, não é bem assim. Se o disse, até que ponto é que não o queria mesmo ter dito? Era é algo bastante reprimido, ao ponto de só ser libertado, quando a tensão se instalou.

As verdades são para ser ditas, e ouvidas, e é com elas que aprendemos e podemos melhorar. Mas não é por conseguirmos dizer umas quantas verdades sobre alguém, que deixamos do nada de termos nós próprios, verdades a ouvir.

Falando por mim, eu sei a esmagadora maioria das que eu poderia ouvir, e isso é que é grave. Porque eu tenho consciência daquilo que está ou foi feito mal, no entanto e apesar de a ter, não consigo ir mais além, e usar isso a meu favor. Costumo encarar este facto para mim como algo “normal”, no sentido em que se o conseguisse fazer, seria quase perfeito, mas como a perfeição é algo que não existe, isso não pode ser possível.

Esta é uma questão bastante complexa, no entanto e ao mesmo tempo, consegue também ser bastante simples, tudo depende do ponto de vista.
Eu, pessoalmente, dou um grande sentido às palavras, e às vezes dou-lhes um sentido bastante literal, simplesmente porque na minha opinião, se elas existem e foram inventadas, são para ser ditas e usadas, na sua completa totalidade.

“Mal criado” ou “Mal-educado” é uma salganhada de todo o tamanho. Alguém que seja “mal-educado”, é alguém que foi mal-educado, certo? Então a culpa, em parte, passa a ser também de “quem educou”.
Tudo depende do contexto, e da intencionalidade das coisas. Se eu mandar uma “c*******a” no meio da rua, onde possam estar crianças ou pessoas que se possam ofender, é óbvio que nesse momento estou a ser “mal-educado”, mas não obrigatoriamente porque tenha sido mal-educado, simplesmente porque nesse momento, estou a faltar à educação que me foi dada.
Se eu mandar a mesma “c*******a” dentro de casa, já não estou obrigatoriamente a sê-lo, porque

É tudo uma grande hipocrisia. Se as palavras foram inventadas e existem, por que razão não as posso usar? E mais do que isso, quem tem a moral e a legitimidade para dizer, aquilo que eu posso ou não dizer? F*****e, eu sou português e como tal, falo a minha língua, por isso se me apetecer dizer “m***a” para adjectivar algo, por que razão não o poderei fazer?! Além disso, ainda existe a liberdade de expressão, e o livre-arbítrio. A minha liberdade acaba onde começa a tua, mas a minha não tem que acabar só para a tua poder começar, podem (e devem!) coexistir as duas em simultâneo. Eu sou responsável pelas minhas acções, e se não for, então não sou livre!

Porque raio alguém pode invocar um deus imaginário, e eu não posso pronunciar uma palavra que vem no dicionário?! Quem define, o que é ou não má educação?! Quem define o que é uma ofensa?! Eu não posso ficar ofendido, se depois de algo acontecer, alguém disser “grassas a deus”?! Isso não pode ser, para mim, um palavrão?

Eu tive uma boa educação, mas a boa educação que eu tive, não vem toda da educação que me foi dada! Se assim fosse, eu hoje era apenas mais uma ovelhita no rebanho, a viver a vida em função de um livro que alguém um dia se lembrou de escrever, e a seguir um deus que nem sequer acredito que existe. Posso farta-me de fazer m***a, mas faço-a sobretudo comigo e para mim, não há ninguém, ninguém mesmo que se possa queixar, de alguma m***a que eu tenha feito, que o tenha prejudicado, como eu me prejudico a mim. Faço pelos outros aquilo que não sou capaz de fazer por mim, mas que se **** isso, porque não há simplesmente nada que eu possa fazer em relação a isso, é a minha natureza, eu sou assim, e por mais que não queira sê-lo ou que queira mudar, isso não é possível, e se o fosse, estaria a deixar de ser eu, para passar a ser outra coisa. Eu, sem o que me caracteriza e identifica, sejam virtudes ou defeitos, personalidade ou características próprias, não era eu. Logo, a tal “mudança” de que tantos falam, no fundo é algo bem mais “utópico” do que real e alcançável Sim, podemos mudar, mas ao faze-lo, estamos a mudar, logo a deixar “de ser” algo, para mudar e passar a ser outro “algo”. A verdadeira mudança, é aquela que ocorre dentro de nós, e que não é mais do que a simples “afinação do ser”, e o conhecimento e compreensão do nosso “eu interior”. Mudar é aprender com os erros, e com eles, deixar de errar. Mudar não é hoje ser uma coisa, amanhã ser outra. Isso é deixar de ser.

Isto leva a outra questão. Sabendo isto, há coisas que eu não quero que mudem, precisamente porque sei que, se as mudasse, mudava eu também, e como tal, deixava de ser. Tudo tem uma razão, e se essa razão existe, só nos cabe a nós descobri-la e percebe-la.

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Faz o que eu digo, não faças o que eu faço. Isso é (bem) educar?!
Eu considero-me bem educado (com uma educação até bem a cima da média), não concordo é nada com tudo aquilo que se diz ser “boa educação”. A esmagadora maioria são hipocrisias do politicamente correcto, para agradar a alguém como forma de vassalagem implícita. Onde está a liberdade, afinal?
Ninguém é “mal criado” só por dizer palavrões, só o é se SÓ disser palavrões (e mesmo assim...). Um palavrão para mim é uma palavra com as outras


O meu único objectivo com esta m***a de texto em forma de nota, é poder ajudar todos aqueles que se encontrem na mesma situação, ou que vivam ou passem por algo semelhante (sim, porque infelizmente somos a maioria). Para que no momento, mesmo com as emoções à flor da pele, e a natureza humana eventualmente a sobrepor-se à racionalidade ou à razão, possam ter de antemão, o conhecimento, que vos permita gerir melhor a situação.

Quando na dor e na aflição se proclama a deus, está tudo f*****! Acreditem que está! É algo estúpido de se ver, mas que permite com extrema facilidade perceber então como é possivel o homem matar-se a si próprio em nome desse tal deus. Sintam o vosso interior, a vossa essência, e deixem cair as amarras do medo. Ter medo é o que o medo quer.

Não ouso sequer ousar dizer, que não exista ou possa existir algum tipo de “entidade” superior, mas o deus da religião, podem ter a certeza, não passa de uma “arma” de controlo. Porque é o medo que ele gera, que nos impede se sermos livres. E todos nós, sem excepção, sabemos isto, porque basta-nos deixar por momentos de acreditar “porque sim” ou porque “todos acreditam”, e fazer um breve exercicio de racionalização, questionado toda a religião, para com a inteligência e o bom senso, rapidamente se ficar o que a(s) religião(ões) são afinal, na realidade.

É fácil, tirem o “deus” das possas vidas, e voltem a repensar tudo do zero. Viram? Não passa de um “bode expiatório”, que vos impede de serem realmente livres, e ao mesmo tempo, justifica tudo aquilo para o qual não queremos aceitar uma ou a justificação racional. Porque raio é que se eu for cego, e de repente começar a ver, tem que ser obrigatoriamente um milagre, e não pode ser simplesmente um diagnóstico médico negligente, e eu não era assim “tão cego” como a “medicina” dizia?! Porque se virmos bem, um milagre é tudo aquilo para o qual não temos explicação, ou não queremos aceitar a que nos é dada, ou para onde a “lógica” nos leva. E isso é absolutamente estúpido.

Conheço bastantes pessoas na minha situação, e de uma maneira geral, são mesmo realidades idênticas, no entanto, visto mais em detalhe, o meu caso é “particular”, para não dizer “único”, porque além de não acreditar nisso, sei que não o é.

Essencialmente estamos divididos em dois grupos, aqueles que são e a quem isto acontece, just it, e aqueles que mesmo podendo ser e podendo viver isto, de alguma maneira, fazem por sê-lo e para que isso aconteça. Por essa mesma razão, é que 90% das pessoas, não consegue ver a realidade que está diante dos seus olhos, e pensa que é algo apenas para a foto, ou puro “show off”. Até há pessoal que cria momentos destes, para pura e simplesmente poder falar deles, mas isso é gente que de gente, tem apenas o nome que lhes deram.
Tenho 23 anos, e para aí desde os meus 4/6 anos que vivo isto. Primeiro, de uma forma quando era criança, e depois de outra forma completamente diferente mas ao mesmo tempo idêntica, quando primeiro fiz 16 anos, e depois aos 18. Daí em diante, então, a coisa tem piorado, mesmo. Não, por mim, não pelos outros, mas por tudo. Pode estar tudo bem, por muito tempo, que eu sei que a qualquer momento o verniz ira estalar, seja pelo que for. E não falha! Dito e feito, e hoje, é apenas mais um desses momentos, em que por “razão nenhuma”, começa mais uma “confusão”. A que se seguem dias, semanas e as vezes até meses, sem ser pronunciada uma palavra entre os intervenientes. Porquê?! Será apenas uma questão de orgulho? Da minha parte faço-o apenas, para fazer a vontade a quem mo faz a mim, ironicamente pondo-me, também eu, na mesmíssima situação. Depois passa esse tempo, e quase como tudo azedou, do nada, tudo volta novamente à normalidade. Até à próxima discussão. Ora uma, ora outra. Às vezes com as duas, às vezes apenas entre elas. A mãe bate na avó, a avó bate na filha, o filho apanha da mae e a mae faz de tudo para apanhar do filho,


Quem quiser comentar, esteja à vontade. Evitem é fazer julgamentos precoces, sem antes ter conhecimento de tudo, e com justa causa. Tudo tem uma razão, mesmo que a ignoremos ou desconheçamos. Eu sou assim, se assim não fosse, não era eu!

Ciro Santos, 7 de Julho de 2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Deus nos acuda... mas que deus?!

Sem querer ofender ninguém (e muito menos tendo como intenção estar-me a querer meter onde não sou chamado), e tentando dizer isto da maneira mais correcta possível, a "fé" associada à religião (seja ela qual for, mas principalmente nas 3 "principais", ou seja, católica, judaica e muçulmana) é um insulto à inteligência humana (e aos olhos dessas mesmas religiões, até mesmo à inteligência "divina"), assim como a crença em "deus" (a elas associado, mas nem sempre). A palavra fé, por si só, demonstra isso na perfeição, já que tudo o que envolve o chamado "deus" é isso mesmo, apenas uma questão de fé. Não é possível provar que "ele" não existe, mas a sua não existência é tão ou mais factual do que a existência do próprio pensamento, também ele impossível de ser provado, mas por todos tido como real, porque de facto, mesmo não havendo maneira de provar que ele existe, pela inteligência, a sua existência é comprovada e mesmo não havendo forma de provar factualmente a sua existência, é completamente impossível de provar que ele não existe, ou sequer de por em causa a sua existência, por razões mais que óbvias (tanto é, que ninguém ousaria sequer por em causa a sua existência, porque saberia perfeitamente o resultado). Com "deus", passa-se exactamente a mesma coisa, o único obstáculo a esta percepção pela esmagadora maioria dos crentes, é isso mesmo, a fé que depositam numa coisa da qual eles próprios duvidam (porque isso é um facto, não há um crente, que pelo menos em alguma altura da vida, não tenha posto em causa "deus").

Mais grave do que isto, é o facto de a religião em si já estar completamente exposta (mas atenção, porque se por um lado é mérito de alguns heróis que tiveram coragem de ir em busca do conhecimento, contra a maré, partilhando-o sem a intenção de receber nada por isso, e em 99,999999% dos casos perdendo até a vida em função disso, muitas das vezes com a consciência que a mesma estava em risco, não se acobardando e libertando-se do medo, também o é que, é a própria religião a expor-se a ela mesma, o que faz parte da agenda, e aí entram coisas como por exemplo o projecto blue beam da nasa, ou o zeitgeist [NOTA: se já temos provas de que a própria religião se expõe a si mesma, como podemos continuar a acreditar no suposto "deus", quando são eles próprios que quase por a + b, nos demonstram que a crença no mesmo é simplesmente estúpida e sem sentido, ou melhor, com o sentido de lhes ser útil enquanto for preciso, e por agora já estar "ultrapassado", a renovação que está em curso em prol da tal agenda]), e por isso, por um enorme número de pessoas, já ser completamente perceptível o que ele é na realidade. Daí ouvirem-se tão frequentemente expressões como: "não sou católico, mas acredito em deus"; "não acredito no deus da igreja, mas que tem que existir algo, isso tem"; etc. E o problema é exactamente esse. A fé. Porque mesmo quebrando a formatação que nos foi imposta, quando ainda não nos libertámos da tal "fé", vamos sempre dar ao mesmo, e estamos sempre susceptíveis de (voltar a) ser manipulados.

Tirando tudo o resto, a principal justificação para a existência (vulgo criação) de deus, é a imposição de um "auto controlo auto imposto", porque sem ele, isto era o caos e ainda éramos autênticos homens das cavernas. Deus serve para impor o medo, e o medo serve para controlar. Quem já se apercebeu disto, muito facilmente se desliga completamente da religião, e ao libertar-se da formatação de que era alvo até então, passa a ver as coisas como realmente elas são, e porque assim o são, e não porque acreditava ou queria que assim fossem. Por isso é que, se virem com atenção, todas as pessoas ditas inteligentes (aqueles que o são realmente, e que todos assumem que são, porque é um facto), não acreditam em deus (porque sabem que ele não existe). Não há volta a dar a isto. Por isso, se alguém acredita em deus, só há duas hipóteses, ignorância (onde a mesma pode ser fruto da formatação imposta) ou intencionalidade. Trocando por miúdos, e mais uma vez sem querer ofender ninguém, quer dizer que todas as pessoas realmente inteligentes (e livres da formatação), se acreditam em deus, pelo menos por esse instante, estão a deixar a inteligência de parte ao não a porem em prática, ou então têm uma segunda intenção nisso, porque se não a tivessem, nada justificava essa crença se não a estupidez (excepto a tal formatação, mas nestas casos, parte-se do princípio de que a mesma já teria sido quebrada). A melhor forma de provar e perceber isto (e novamente, só não o percebe ou quem não quer, ou quem não têm capacidade para tal), é olhar para trás no tempo e ver o que já aconteceu. A não existência de deus está para a religião, assim com a descoberta de Galileu está para a tomada de posição por parte da igreja. Não é que a igreja não estivesse fartinha de saber a verdade, no entanto e por alguma razão, fizeram o que teve que ser feito, e a razão, neste caso Galileu, é que passou por maluco e pagou as consequências. Se isto não bastar, olhemos então para inquisição. Nem vou perder tempo a tentar explicar-me melhor, pois está tudo dito.

E muita atenção, que nem sequer ouso dizer que não possa existir algo, mas isso é aquilo que ainda estamos a descobrir, porque o conhecimento até há bem pouco tempo, não estava acessível ao "comum dos mortais". Pondo isto por outras palavras, o que pode realmente ter acontecido, é que, se exista de facto algo, esse algo ter sido colado ao tal deus e aproveitado e explorado pela religião, e daí esta complicação toda, no entanto tudo o que à religião está associado, não passa de puro lixo. A prova é que, na realidade o tal “deus” não passa afinal do Sol, e tudo o que à religião diz respeito, não passam de rituais ao mesmo.

Ir pelo caminho da bíblia (ou afins), é ir pelo caminho da estupidez e da irracionalidade, o caminho certo passa por coisas que ainda nos são na sua esmagadora maioria desconhecidas, por culpa da religião e de nós mesmos, como por exemplo a mente-superconsciente (superconscious mind, aquilo que dentro da religião estará mais próximo de ser o tal “deus”), os Jinns (que na religião poderão ser associados ao “anjo da guarda”, e noutros campos, associados ao espiritismo, entidades, etc.) as dimensões, a energia, etc., etc. Deus é da religião, e como tal não devemos ir por aí, (porque é precisamente isso que nos impede que cheguemos à verdade), agora o resto, é o que todos nós estamos a tentar descobrir. O problema, é que com a desinformação e o aproveitamento que existe, é quase impossível saber que caminho é esse, e qual a verdade. Mas pelo menos a ideia, é sempre possível tê-la. De modo curto e grosso, compactuar com a religião (nem que seja apenas por acreditar em deus, ou em algo a ele associado, mesmo que ocasionalmente se pense que é apenas isso) é na realidade estarmos a compactuar com a nossa própria formatação. Como nota final, e para que se possa perceber melhor, dou o meu exemplo pessoal. Neste momento já nem sequer posso dizer que não acredito em deus, porque já não é uma questão de fé (simplesmente sei que ele não existe, da mesma forma que sei que penso), mas nem sequer sou ateu, porque como disse, não se trata de acreditar ou não. Considero-me ignóstico, porque nem sequer agnóstico sou. O desconhecido, é isso mesmo, desconhecido, por essa razão, não podemos nem devemos cair outra vez na fé. Da mesma forma que sei que penso, e que o pensamento existe, sei igualmente o que é a igreja, e que o seu deus não existe (e o porquê disso).

A minha maior felicidade, sincera, é ver todos os dias, que há cada vez mais e mais pessoas por este mundo fora a acordar, e a ver as coisas da mesma perspectiva e na mesma sintonia que eu e muitos mais, e isso faz-me sentir que afinal, se calhar, ainda nem tudo está perdido ;)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O Rumo “Certo” VS O “Meu” Rumo (1)

Desde que me lembro de ser, e de sentir, e mais propriamente desde que tomei a real consciência para olhar a vida e tentar percebe-la, da perspectiva mais realista e correcta possível, seja ela qual for, há já muitos anos que me deparo ininterruptamente com a mesma pergunta, a mesma questão, vezes e vezes sem conta, sem nunca ter estado perto sequer, de lhe encontrar uma hipótese remota de resposta, mesmo que utópica ou completamente errada. Aliás, quanto mais me perguntava, mais sem resposta ficava, e mais dúvidas e incertezas iam surgindo vindas do nada. Nada, que foi sempre o máximo que consegui obter, no máximo, do tudo, que o tudo o universo representa(va).

Algo me dizia que algo não batia certo, porque, por mais que estivesse perto da resposta, sempre algo nunca bateu certo.

Não é uma coisa que eu possa explicar, porque muito simplesmente essa coisa, não é mais que uma espécie de sentimento, um instinto, que mesmo que eu o ignore, e por mais que até o faça, no momento em que se manifesta, não há nada que eu possa fazer ou que esteja ao meu alcance para o evitar, porque por mais que conscientemente eu me esforce e concentre todas as minhas forças para o contornar, ou até mesmo anular, basta um simples desvio de nada nessa mesma concentração, para inconscientemente, e instintivamente, ele se manifestar, sem que eu o possa impedir.

Muitos poderão chama-lo de, e/ou descreve-lo como O Destino, mas muito sinceramente, e na minha humilde opinião, não penso que o seja, porque nesse caso, e a sê-lo de facto, eu teria o “superpoder” de mudar e remudar e voltar a mudar O Destino, coisa que eu acho de todo impossível!

Há quem diga quem existe Um Rumo, e consequentemente O Rumo Certo. Se existe, só sei que há algo em mim, que embora não me indique qual o rumo a seguir, ou qual O Rumo Certo, me indica inquestionavelmente qual O Rumo A Não Seguir, ou como eu aprendi a chamar-lhe, Perda de Tempo.

Só assim, é possível as tais dúvidas fazerem ao menos algum tipo de sentido, seja ele qual for, porque assim não sendo, só posso depreender que sou eu próprio, uma Gigantesca e Irremediável Perda de tempo!

Início da Viagem

Começo este espaço, que não pretende de maneira alguma vir a ser um blog propriamente dito, mas sim, não mais do que uma simples reunião de textos, fruto dos mais variados pensamentos. Não é algo que eu escreva, com um propósito. Simplesmente algo que eu penso, e decido converter em texto.

Não é meu objectivo ser lido, não tendo qualquer tipo de problema se o for. Quero com isto apenas dizer, que antes de mais e acima de tudo, escrevo para mim, de mim mesmo. Se alguém tiver curiosidade em ler, esteja à vontade, e se por algum acaso alguém até se identificar com algo que escreva, ou que eventualmente até venha a gostar, sinceramente, e apesar da minha gratidão, não posso desde já deixar de dizer, que mesmo que ninguém leia o que escrevo, para mim será exactamente igual.

Como alguém um dia disse: “Prefiro escrever para mim mesmo e não ter público, do que escrever para o público e não ter identidade.”

Sejam bem-vindos os que vêm em paz!

;)