segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Deus nos acuda... mas que deus?!

Sem querer ofender ninguém (e muito menos tendo como intenção estar-me a querer meter onde não sou chamado), e tentando dizer isto da maneira mais correcta possível, a "fé" associada à religião (seja ela qual for, mas principalmente nas 3 "principais", ou seja, católica, judaica e muçulmana) é um insulto à inteligência humana (e aos olhos dessas mesmas religiões, até mesmo à inteligência "divina"), assim como a crença em "deus" (a elas associado, mas nem sempre). A palavra fé, por si só, demonstra isso na perfeição, já que tudo o que envolve o chamado "deus" é isso mesmo, apenas uma questão de fé. Não é possível provar que "ele" não existe, mas a sua não existência é tão ou mais factual do que a existência do próprio pensamento, também ele impossível de ser provado, mas por todos tido como real, porque de facto, mesmo não havendo maneira de provar que ele existe, pela inteligência, a sua existência é comprovada e mesmo não havendo forma de provar factualmente a sua existência, é completamente impossível de provar que ele não existe, ou sequer de por em causa a sua existência, por razões mais que óbvias (tanto é, que ninguém ousaria sequer por em causa a sua existência, porque saberia perfeitamente o resultado). Com "deus", passa-se exactamente a mesma coisa, o único obstáculo a esta percepção pela esmagadora maioria dos crentes, é isso mesmo, a fé que depositam numa coisa da qual eles próprios duvidam (porque isso é um facto, não há um crente, que pelo menos em alguma altura da vida, não tenha posto em causa "deus").

Mais grave do que isto, é o facto de a religião em si já estar completamente exposta (mas atenção, porque se por um lado é mérito de alguns heróis que tiveram coragem de ir em busca do conhecimento, contra a maré, partilhando-o sem a intenção de receber nada por isso, e em 99,999999% dos casos perdendo até a vida em função disso, muitas das vezes com a consciência que a mesma estava em risco, não se acobardando e libertando-se do medo, também o é que, é a própria religião a expor-se a ela mesma, o que faz parte da agenda, e aí entram coisas como por exemplo o projecto blue beam da nasa, ou o zeitgeist [NOTA: se já temos provas de que a própria religião se expõe a si mesma, como podemos continuar a acreditar no suposto "deus", quando são eles próprios que quase por a + b, nos demonstram que a crença no mesmo é simplesmente estúpida e sem sentido, ou melhor, com o sentido de lhes ser útil enquanto for preciso, e por agora já estar "ultrapassado", a renovação que está em curso em prol da tal agenda]), e por isso, por um enorme número de pessoas, já ser completamente perceptível o que ele é na realidade. Daí ouvirem-se tão frequentemente expressões como: "não sou católico, mas acredito em deus"; "não acredito no deus da igreja, mas que tem que existir algo, isso tem"; etc. E o problema é exactamente esse. A fé. Porque mesmo quebrando a formatação que nos foi imposta, quando ainda não nos libertámos da tal "fé", vamos sempre dar ao mesmo, e estamos sempre susceptíveis de (voltar a) ser manipulados.

Tirando tudo o resto, a principal justificação para a existência (vulgo criação) de deus, é a imposição de um "auto controlo auto imposto", porque sem ele, isto era o caos e ainda éramos autênticos homens das cavernas. Deus serve para impor o medo, e o medo serve para controlar. Quem já se apercebeu disto, muito facilmente se desliga completamente da religião, e ao libertar-se da formatação de que era alvo até então, passa a ver as coisas como realmente elas são, e porque assim o são, e não porque acreditava ou queria que assim fossem. Por isso é que, se virem com atenção, todas as pessoas ditas inteligentes (aqueles que o são realmente, e que todos assumem que são, porque é um facto), não acreditam em deus (porque sabem que ele não existe). Não há volta a dar a isto. Por isso, se alguém acredita em deus, só há duas hipóteses, ignorância (onde a mesma pode ser fruto da formatação imposta) ou intencionalidade. Trocando por miúdos, e mais uma vez sem querer ofender ninguém, quer dizer que todas as pessoas realmente inteligentes (e livres da formatação), se acreditam em deus, pelo menos por esse instante, estão a deixar a inteligência de parte ao não a porem em prática, ou então têm uma segunda intenção nisso, porque se não a tivessem, nada justificava essa crença se não a estupidez (excepto a tal formatação, mas nestas casos, parte-se do princípio de que a mesma já teria sido quebrada). A melhor forma de provar e perceber isto (e novamente, só não o percebe ou quem não quer, ou quem não têm capacidade para tal), é olhar para trás no tempo e ver o que já aconteceu. A não existência de deus está para a religião, assim com a descoberta de Galileu está para a tomada de posição por parte da igreja. Não é que a igreja não estivesse fartinha de saber a verdade, no entanto e por alguma razão, fizeram o que teve que ser feito, e a razão, neste caso Galileu, é que passou por maluco e pagou as consequências. Se isto não bastar, olhemos então para inquisição. Nem vou perder tempo a tentar explicar-me melhor, pois está tudo dito.

E muita atenção, que nem sequer ouso dizer que não possa existir algo, mas isso é aquilo que ainda estamos a descobrir, porque o conhecimento até há bem pouco tempo, não estava acessível ao "comum dos mortais". Pondo isto por outras palavras, o que pode realmente ter acontecido, é que, se exista de facto algo, esse algo ter sido colado ao tal deus e aproveitado e explorado pela religião, e daí esta complicação toda, no entanto tudo o que à religião está associado, não passa de puro lixo. A prova é que, na realidade o tal “deus” não passa afinal do Sol, e tudo o que à religião diz respeito, não passam de rituais ao mesmo.

Ir pelo caminho da bíblia (ou afins), é ir pelo caminho da estupidez e da irracionalidade, o caminho certo passa por coisas que ainda nos são na sua esmagadora maioria desconhecidas, por culpa da religião e de nós mesmos, como por exemplo a mente-superconsciente (superconscious mind, aquilo que dentro da religião estará mais próximo de ser o tal “deus”), os Jinns (que na religião poderão ser associados ao “anjo da guarda”, e noutros campos, associados ao espiritismo, entidades, etc.) as dimensões, a energia, etc., etc. Deus é da religião, e como tal não devemos ir por aí, (porque é precisamente isso que nos impede que cheguemos à verdade), agora o resto, é o que todos nós estamos a tentar descobrir. O problema, é que com a desinformação e o aproveitamento que existe, é quase impossível saber que caminho é esse, e qual a verdade. Mas pelo menos a ideia, é sempre possível tê-la. De modo curto e grosso, compactuar com a religião (nem que seja apenas por acreditar em deus, ou em algo a ele associado, mesmo que ocasionalmente se pense que é apenas isso) é na realidade estarmos a compactuar com a nossa própria formatação. Como nota final, e para que se possa perceber melhor, dou o meu exemplo pessoal. Neste momento já nem sequer posso dizer que não acredito em deus, porque já não é uma questão de fé (simplesmente sei que ele não existe, da mesma forma que sei que penso), mas nem sequer sou ateu, porque como disse, não se trata de acreditar ou não. Considero-me ignóstico, porque nem sequer agnóstico sou. O desconhecido, é isso mesmo, desconhecido, por essa razão, não podemos nem devemos cair outra vez na fé. Da mesma forma que sei que penso, e que o pensamento existe, sei igualmente o que é a igreja, e que o seu deus não existe (e o porquê disso).

A minha maior felicidade, sincera, é ver todos os dias, que há cada vez mais e mais pessoas por este mundo fora a acordar, e a ver as coisas da mesma perspectiva e na mesma sintonia que eu e muitos mais, e isso faz-me sentir que afinal, se calhar, ainda nem tudo está perdido ;)

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